sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Capítulo VII - O Capítulo Eterno


Dia 24 de Outubro de 2008.
Primeiro regresso ao Brasil.

Íamos, eu e andré, como quem volta da guerra.

Na despedida, Léo cortou meus cabelos.
Não cortou da maneira que eu mais gosto, mas cortou.

Vestido na minha jaqueta jeans, que foi do meu pai, subi na nave e segui rumo ao Brasil.

-Carne ou peixe, senhor?
-(...)
-Senhor, carne ou peixe?
-Peixe e uma garrafinha dessa de uísque, por favor!

Deu pra dormir boa parte da viagem.

Hora de pousar no Rio de Janeiro.
Descemos atordoados e direto ao freeshop
Antes, alguns telefonemas.

Mãe, cheguei!
Aline, cheguei!

Atordoados e nas compras, quase perdemos o vôo pro Recife.
Mas conseguimos ainda pegar o avião.
Alí eu já nem reclamava do balançado medonho.
Queria mesmo era chegar em casa.

André sempre se fazendo por perto.

Quem nos espera no aeroporto do Recife são as melhores pessoas do mundo.

-Olha o cabelo dele!
-hehehe

Pablo, Adriane e Pedro.
Nem esperava que eles fossem, mas estavam ali.

Meu irmão, minha mãe.
Direto pra casa que tem pizza.

O que se segue são fatos que merecem outro tipo de abordagem.

Aprendi tanto com cada um desses fatos e vi minhas relaçãoes com pessoas se transformarem demais.
E tudo interligado.

-Anestesia? Deixa de ser mole!
-(...)

Teve que ser sem anestesia mesmo!

Até Fortaleza, na viagem mais incrível, foi tudo mais incrível ainda.
Os motivos de sempre pra viajar.

Ver um ponto de fuga seguro é que não era de se esperar.
Aconteceu!

-Relaxe aí!
-(...)

Hoje é vespera de viagem ao Brasil.
Passou voando e de vez em quando se arrastando.

Quero mesmo ir ao encontro da dela.
Pode ser que esse encontro só se dê no infinito que é onde moram algumas fugas. 
Mas no momento é lá que eu vou.

(...)

Já era hora de voltar pra Angola.
E voltar foi como rever um filme...

Agora eu já era um daqueles que entram e procuram seus lugares no avião enquanto esperam pelo jantar mixuruca.
Dava pra ver também quem era novato.

As condições que estamos aqui fizeram com que nossa permanência em África ficasse impraticável.

O natal foi inesquecível pelo fato de ser uma história pra contar em mesa de bar e pros filhos antes de dormir.
Não sei o quanto vou aumentear a história, mas já passei um reveillon na África!!!

Isso já foi pesado demais e ainda passar o carnaval aqui.
Não mesmo.

Como animais acuados: bater em retirada!

Um por um...

Romildo...Sávio...Vitor...Estevão...

Cada cá deixando seu vazio

Amanhã eu e andré...

Não sei como será hoje a noite aqui em casa.
Temos um varal na sala pra desmontar.
Parece que o show de Truman chegou ao fim.
Mas não parece o fim

Nem será...

Isso tudo é eterno!

4 comentários:

Unknown disse...

eterno

Suporte disse...

muito obrigado, mamã.
busquei funji.
achei um pelicanão gordo, brincalhão, que abrigou cada um na bolsa do seu bico onde deixara três garrafas do melhor sorriso.
comi do funji.
multipliquei 'Eus' companheiros, pedaços que nos perfuraram os sentidos e me dançaram André, me gargalharam PC-man, me adivinharam Zé Negão, me coloriram Vitão, me desenfrearam Tetsuo.
parece fuga quando se busca onde cresce grama verdinha.
o último a sair, deixe a luz acesa.
muito obrigado, mamã.
dikamba diami kudilê.

Suporte disse...

para mim, amém.

Unknown disse...

barracão aberto para o GUARARAPES VARADOURO - ano 2 , tema: PAGA O MEU QUE EU TÔ DOIDÃO.
homenageado: ROMILDÃO