segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Roma (parte I)

A ideia dessa viagem a Roma se inicia com o “no Berlusconi Day”, uma grande manifestação contra Berlusconi no sábado dia 5 em Roma. Ônibus estavam se organizando por toda a Itália para ir a esta manifestação e segundo os primeiros boatos que ouvi eram muito baratos porque contavam com incentivos de partidos de esquerda. Outra coisa é que, aindo no Brasil, encontrei meu professor Tomas Lapa no consulado italiano. Ele, como eu, estava tirando o visto para fazer, no seu caso,um pos-doutorado em Roma. assim trocamos emails e na ocasião da viagem, entrei em contato com ele e arrumei assim onde me hospedar nesse tempo, que ainda não sabia quanto, porque o ônibus chegaria a Roma de manha e retornaria de noite, entao so pegaria o ônibus na ida e a principio pensei em passar 3 a 4 dias retornando depois de trem.

A informação que tinha sobre o ônibus è que custava 5 euros ida e volto, que depois subiu pra 25 e que finalmente descobri que na realidade era 40 se o ônibus lotasse. No mesmo sábado (dia 5) 2 amigas, Giada e Silvia, partiriam para o sul de carro, passando mais ou menos perto de Roma. Assim resolvi pegar a carona e termina o caminho de trem, conseguindo pegar ainda o fim da manifestação. Durante a viagem durmo, como de costume e acordo em qualquer lugar da toscana. A paisagem era fria com o céu cinza, neblina e neve (que vejo pela primeira vez). Tiro a maquina da bolsa pra registrar minha primeira neve, mas antes de tirar qualquer foto, passamos por um túnel (mágico) e quando saimos do outro lado parecia outro mundo: céu azul, tempo claro, sol e o verde, amarelo e marrom da das arvores de outono.


Giada e Silvia

Elas me deixam em Terontola, mas o trem para Roma tinha partido a 5 minutos. Assim espero 2h pelo proximo na estação vazia. Chego a Roma um pouco antes das 8h e vou direto pra casa de Tomas. Pego o metro, que esta lotado com todo mundo voltando do no Berlusconi Day com bandeiras e apitos. assim vai embora o resto de esperança que tinha de pegar o finalzinho da manifestação.

Saiu do metro e minha primeira imagem em Roma, fora de estações, è o colosseo. Tomas mora vizinho a ele. Pego o mapinha que fiz no meu caderninho e chego sem problemas. A casa de tomas e pequeniniha, mas impecável. Tudo limpissimo e organizado e ele reforça essa minha primeira impressão dizendo que gostava de tudo no seu lugar. Penso logo que pode ser um problema, pois sou muito desorganizando, sobretudo no que diz respeito a organização da casa, mas no fim (acho que) não tivemos problemas quanto a isso mesmo eu chegando a guardar uma bicicleta na casa em um dos dias.

Assim jantamos e saímos para uma primeira apresentação da cidade. Tomas ficou meio chocado por eu não querer tomar banho, mas tudo bem (na frança ju cachinho me convenceu, o que não foi difícil, que tomar banho todos os dias não é bom. Assim to na media do dia sim dia não, pelo menos enquanto durar o frio).

Domingo de manha tenho nos planos de sair cedo para pegar a bençao do papa e passar o dia no vaticano. O plano não deu certo porque tomas resolvi vir comigo e assim la se foi um tempo tomando café e aproveitei assim para tomar banho. No fim tudo certo, chegamos bem a tempo de ouvir as ultimas palavras do papa (qualquer coisa em espanhol, depois em polaco e um buona domenica a tutti) e de brincar de onde esta o papa. Ele, o papa, esqueceu do principal que era avisar a todos que a capela sistina e os museus do vaticano são fechados no domingo. Assim, caminhada e porta fechada no final. Ainda na ida para o vaticano vi um ônibus que me lembrou o rio doce-cdu. Lotadissimo, mas nesse caso a situação è bem diversa porque era domingo e o ônibus estava lotado de turistas, mas ainda assim, uma visão que meteria medo a qualquer um que tenha passado algum tempo da vida dependo daquele maldito ônibus.


onde esta o papa?

Segunda-feira volto ao vaticano e pego 3h de fila para entrar na capela sistina e nos museus do vaticano. Tudo lotado e barulhento. Já entro morto de cansado de tanto esperar na fila. A capela sistina è o ápice do desconforto: lotadissima e barulhenta com flashs disparados exporadicamente enquanto uma mensagem de voz avisa que fotos são proibidas e guardas berram “no photos, no photos”. impossivel qualquer concentração e contemplação.

A 5 minutos a pe do tumulto do vaticano, atravesso o rio Tibre e entro numa igrejinha vazia onde enfim se pode encontrar um pouco de tranqüilidade. as igreja, lugares e monumentos menos “famosos e badalados” permitem uma maior aproximação. Há qualquer coisa de intimo, verdadeiro e palpável que falta ao ar dos lugares intupidos de gente. Se permitem ser olhadas de mais perto, sem pressa, sem flashs e sem empurrões. Se pode sentir seu cheiro de incenso, flores ou da água que respinga. Em uma dessas pequenas igrejas ouvi pela primeira vez um concerto de órgão e foi assustador como imaginava.

Outra coisa impossível em Roma è seguir qualquer intinerario pré-definido. Tem sempre alguma coisa que chama a atenção obrigando a desviar o caminho e de la outra coisa brilha e assim sempre se perde. Melhor entao não tentar se achar e seguir a deriva. (mesmo estando munido de um super-hiper-fera guia)

Enquanto estava em Roma, Gerardo, um amigo argentino, me liga para me lembrar do amigo secreto. Não fui para a festinha que fizemos para sortear os nomes entao descubro quem è o meu amigo secreto por telefone. Descubro também que tenho não posso comprar um presente (so em ultimo caso), ficou decidido que todos tem que fazer qualquer coisa, assim componho uma musica para meu amigo secreto (a segunda em italiano, a primeira conta a participação especialíssima de meus coinquilinos no violão e nos vocais, mas ainda não terminamos de gravar, quando ficar pronto posto aqui). A festa para entrega dos presentes é hoje (segunda) a noite, assim gravo no mp3 player muito rapidamente porque to lascado de coisas atrasadas pra fazer. Por isso também dividirei esse post de Roma em partes porque ta ficando muito longo e tenho alguns afazeres. Ate mais.

ps. posto depois a musica do amigo secreto que agora nao sei como postar aqui. depois tento descobrir.

2 comentários:

[pc.silva] disse...

Dá-lhe, Vitão...

Se encontrar, dá um abraço de agradecimento em Roberto baggio!

Unknown disse...

q massa vitinho, hehehe
saudade dessa tua desorganização e dorminhoquisse durante o dia.
massa mesmo.
fuderoso saber de tu.
abração e vai colocando mais coisas.