terça-feira, 5 de janeiro de 2010

ano novo

Depois de semanas pensando se viajaria ou não no ano novo por causa do meu passaporte sem visto e do meu permesso di soggiorno que so estaria pronto no dia 28 de dezembro, finalmente me decidi por viajar e torcer que não houvesse nenhum problema quando deixasse a Itália e quando fosse pegar o permesso di soggiorno atrasado. Partimos em cinco: eu, Gerardo, Luca, Victoria e Mauro. Primeira parada Bressanone, ainda na Itália, onde encontramos Hanno e Cristian. Bressanone è uma cidadezinha nas montanhas, com 20.000 habitantes, à menos de 1h da Áustria e repleta de pistas de ski. Assim a cidade é meio italiana, meio austríaca. As placas de sinalização e informações são sempre bilíngües, embora a língua falada na intimidade das casas seja o alemão e a pasta dà lugar ao wurstel na mesa.


finzinho de natal


foto mauro


foto mauro


Ficamos hospedados na casa dos pais de Cristian, que tinha uma vista fantástica das montanhas e uma sala de jogos com mesa de sinuca, dardo e uma antiga maquina de pinball incrível de Star Trek onde passei horas tentando conseguir o bônus que dava varias bolas para jogar ao mesmo tempo, mas não consegui.


sala de jogos


sala de jogos


Essa primeira noite foi cheia de acidentes. Enquanto estávamos na sala de jogos o irmão mais novo de cristian liga avisando que estava no hospital e tinha sido agredido por um skin head. Como não tínhamos como ajudar, continuamos a beber cerveja e vino brulè. Vino brulè è uma misturada de vinho e alguns temperos e que se toma quente. La pra tantas fomos para um pub e depois para uma boate. Acabamos a noite no hospital porque Gerardo se acidentou e caiu de cabeça na quina de uma cadeira. O resultado da noite foi 7 pontos metálicos na cabeça de Gerardo e uma resseca de 2 dias para todos. Para sorte de Gerardo, o sistema de saúde de Bressanone tem a eficiência austriaca, assim tudo foi muito rápido e eficiente.

No outro dia o plano era esquiar, mas claro que era impossível. Assim fizemos apenas culo ski. Gerardo estava surpreendentemente bem e também nos acompanhou. Apenas no outro dia conseguimos esquiar e fazer snow board. Eu não tinha roupas adequadas entao quase morro de frio.depois de algum tempo já conseguia fazer curvas para os dois lados e frear sem ter que me jogar na neve e no fim do dia, afoito, peguei um bilhete pra subir ate o inicio da pista, mas cai logo na saída quando ainda estava sendo puxado la pra cima. Me recuperei e chegando la em cima desci desembestado. Ski è bem mais fácil e menos cansativo que surf.

Voltando do ski, pegamos as bagagens e fomos diretamente para estação e seguimos para Viena. Cristian ficou em Bressanone e Hanno nos acompanhou, já que ficaríamos na casa dele em Viena. Chegamos a meia noite, mortos. No dia seguinte, café e pe na estrada, embora todos estivessemos doloridos por causa do ski do dia anterior. Tantos lugares para ir em Viena, pena que o tempo è curto e o grupo è grande. Somos 6 e dai pra decidir e chegar em algum lugar já viu... ainda tentei ir visitar obras de hundertwasser sozinho, mas o pessoal não tava gostando da idéia de andar separados, entao deixei pra la. Seria um pouco complicado para mim também, pois não tinha nenhuma referencia de localização nas elegantíssimas ruas de Viena e toda a sinalização era em alemão. O sistema de transporte publico também era ótimo, mas não saberia utiliza-lo bem. De qualquer forma, ainda consegui dar um pulinho na habitação social e na fabrica que hundertwasser projetou e interviu, mas so de noite. Na habitação social tive vontade de tocar a campainha e pedir para algum morador para ver o apartamento, mas era quase meia noite e decidi não incomodar. Mas andar em bando tem seu lado positivo também que é ir a lugares que fogem do meu campo de interesse, assim se conhece coisas novas.


viena


passagem secreta


electric avenue


ladrao de hundertwasser


ao tempo a arte, à arte a liberdade


no jardim de sisi


jantar


familia na sacada


Em uma das noites fomos a um lugar onde tinham vários bares sob os arcos de uma linha de trem desativada que me lembraram Romildo e sua plataforma. Na noite do réveillon fomos a praça do parlamento ver show de não sei quem. À meia noite, ao invés de fogos, valsa!!

E assim foi.


Agradecimentos:

- A Cristian, por nos hospedar na sua belíssima casa em Bressanone, pelos equipamentos e dicas de ski e pela noitada que deixou uma ressaca de 2 dias em todos e 7 pontos na cabeça de Gerardo

- Aos pais de Cristian pela hospitalidade.

- Ao vinobrulè, por nos aquecer nas noites frias, mas que agora não agüento sentir mais nem o cheiro

- Ao sistema de saúde de Bressanone, por colocar a cabeça de Gerardo no lugar

- A Hanno, por falar alemão, por nos receber em sua casa em Viena, pelos equipamentos e dicas de ski e por ser um ótimo guia e cozinheiro

- A Gerardo, Luca, Mauro e Victoria, pela ótima companhia na viagem, pelo bom humor sempre e pelas mágicas que fizemos quando encontramos a varinha de Harry potter, dentro as quais destaco “vinus tavulums”

- A Saki, pelo convite para ir a Munique e que por problemas de comunicação acabei não indo. Fica, quem sabe, pra quando acabar o inverno porque na Alemanha agora deve ta um frio de congelar passarinho

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