domingo, 24 de janeiro de 2010

O dia que nao morri

Estava na companhia de mais 3 rebeldes. Havia um grande jardim, sede do governo, mas que agora era um descampado de terra batida. Numa emboscada bem sucedida matamos o ditador e seu guarda costa. Ficamos escondidos por 4 meses no jardim ate que as tropas do ditador assassinado retornam e nos colocam em julgamento num tribunal num pavimento enterrado sob o jardim. Saiu do julgamento sem meus três companheiros. Subo a escada de volta ao jardim que agora esta verde e florido. Uma multidão se aglomera no jardim para assistir o enterro da ossada de Jesus que foi recuperada. Decido ir embora. Uma mulher me acompanha e me diz que Jesus não tem grande importância histórica, e que na verdade uma mulher seria a grande responsável pelo chamado cristianismo. Uma das indicações disso era seu rosto que estava esculpido no caixão de Jesus e também era em seu rosto que toda a multidão fazia questão de tocar e pedir proteção. Antes de ir embora passamos pelo caixão e no momento que toco a escultura do rosto da mulher um homem me chama tocando meu ombro. Demoro a me virar. Me viro e vejo um homem desconhecido que me olha com olhos esbugalhados. Acordo nesse momento e um calafrio longo e uma certeza me tomam: morreria naquele dia. Demoro a levantar por causa do calafrio e do medo que tinha se apoderado de mim. Ainda eram 3h da manha. Acendo a luz, escrevo em linhas gerais o sonho e volto a dormir.

Certo, nada demais. So um sonho. eu não faria ninguém perder tempo lendo essa desimportancia, se é que alguém le isso, mas no outro dia de manha, antes que eu contasse meu estranho sonho, Pepe, meu coinquilino, conta que sonhou comigo e em seu sonho eu morria. Mais tarde minha outra coinquilina, Geo, me conta que também sonhou comigo, mas não lembrava o que acontecia, so que alguma coisa ruim me acontecia. Geo e Sere são psicólogas, mas infelizmente não seguem a linha da interpretação dos sonhos e não puderam ajudar muito a desvendar o mistério da conexão dos 3 subconscientes.

Mesmo eu não tendo sonhado com a minha morte - apenas acordei sabendo que morreria aquele dia - passei o dia esperando por ela. A noite resolvi sair, mas antes fiz um testamento oral deixando meus bens para os que estavam presentes: o cavaquinho pra Pepe, maquina fotográfica pra Geo, roupas e cachecóis pra Sere, e o resto pra quem chegar primeiro.

Espero pela morte com vinho barato. Fico bêbado, volto pra casa de bicicleta e nada dela aparecer. Oportunidades não faltaram!!

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